segunda-feira, 22 de março de 2010

Brasil-91 é eleita a melhor corrida de Senna

Internautas lembram vitória dramática do tricampeão

Senna ergue o troféu após vencer o GP do Brasil (Crédito: Arquivo)

Senna ergue o troféu após vencer o GP do Brasil (Crédito: Arquivo)


Ayrton Senna completaria neste domingo 50 anos e o LANCENET! fez uma enquete sobre qual foi a melhor corrida do tricampeão na Fórmula 1. E o GP do Brasil de 1991, primeira vitória de Ayrton diante da torcida brasileira, foi eleito com 33% dos mais de 8 mil votos dos internautas. Para homenagear Ayrton, relembre esta corrida que entrou para a História como uma demonstração de garra, dedicação e força interior do ídolo eterno.

A CORRIDA

Ayrton Senna chegava ao Grande Prêmio do Brasil de 1991 após uma vitória teoricamente tranquila em Phoenix (EUA). Afinal, ele terminara a corrida com 30 segundos de vantagem sobre seu rival Alain Prost com o novo McLaren MP4/6 de motor Honda 12 cilindros, que mal havia sido testado.

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Ora, se com um carro quase zero quilômetro Ayrton havia liquidado seus adversários, era de se esperar um novo triunfo em Interlagos, diante da torcida brasileira. Mas Ayrton havia alertado que a facilidade da vitória havia sido enganosa, que a Williams tinha um carro veloz, que o MP4/6 ainda tinha problemas... Os críticos duvidaram e logo chamaram o alerta de bravata. Pois bem, em Interlagos as coisas saíram bem do jeito que Senna havia falado.

VIVIANE SENNA: 'AYRTON ATIVA O QUE HÁ DE MELHOR NAS PESSOAS'

Nos treinos, a Williams de Riccardo Patrese e Nigel Mansell começou a demonstrar a força que faria da equipe uma pedra no sapato da McLaren naquele ano de 1991 e a grande potência da década, com títulos de construtores em 1992, 1993, 1994, 1996 e 1997. A poucos minutos do fim da classificação de sábado, Patrese detinha a pole position, mas Senna, com uma das suas voltas voadoras, cravou 1m16s392 para garantir sua 54ª pole na Fórmula 1.

radio l! Viviane Senna fala sobre o cinquentenário de Ayrton. Ouça!

A largada deixaria ainda maior a impressão de que Senna passearia em casa, já que o então bicampeão partiu com perfeição, sem dar chance aos rivais. Mas logo as coisas se mostrariam muito mais complicadas. Mansell, com uma boa largada, passou Patrese e logo se posicionou atrás de Ayrton, sempre a menos de três segundos. Senna, que vinha claramente exigindo muito do carro, conseguia respirar sempre quando encontrava algum retardatário e o colocava entre ele e o inglês.

Senna e Mansell faziam uma corrida à parte, abrindo enorme vantagem sobre os demais. A primeira rodada de troca de pneus manteve as posições, mas o inglês voltou andando bem melhor e tirando rapidamente a desvantagem, que crescera após um mau trabalho da Williams nos boxes. Só que um pequeno furo no pneu traseiro direito do Williams fez o Leão entrar novamente nos boxes, o que fez Ayrton ter uma enorme diferença na liderança.

Só que Mansell voltou andando ainda mais veloz e a vantagem de Ayrton, que tinha problemas com os pneus, começou a desaparecer rapidamente. Para piorar, a quarta marcha do McLaren começou a pular, o que fazia Senna perder tempo e ter um desgaste físico, já que ele tinha de mudar de terceira para quinta diretamente. Mas Mansell também teve problemas com o câmbio semi-automático do Williams e rodou na 60ª volta de um total de 71, abandonando a prova.

Naquele momento, Ayrton tinha 40 segundos de vantagem para Patrese, o que faria supor uma jornada tranquila até o fim. Mas o câmbio de Senna começou a entrar em colapso a menos de dez voltas do fim, e, a sete voltas da bandeirada, só restou a sexta marcha. Com isso, o brasileiro teve de fazer um esforço físico ainda maior para segurar o carro, que, sem o auxílio da redução de marchas, teimava em sair de frente.

Avisado que Senna tinha problemas, Patrese apertou o ritmo a ponto de a diferença ficar a menos de cinco segundos a duas voltas do fim. Quando a ultrapassagem parecia questão de tempo, o italiano também teve problemas de câmbio e uma chuva começou a cair, deixando o asfalto liso como gelo e nivelando a situação. Senna, vale lembrar, só com a sexta marcha, chegou
a implorar pelo fim da prova, mas cumpriu as 71 voltas, para delírio da multidão em Interlagos.

Naquela corrida, a TV Globo havia armado de Senna conversar com o narrador Galvão Bueno após a bandeirada, mas, dada a dramaticidade da situação, Senna começou a urrar no cockpit de

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