Famílias em busca de um passeio diferente e aficionados por automobilismo fizeram parte de uma plateia de 42 mil pessoas
A estreia da Stock Car em Ribeirão não poderia ter sido melhor. Segundo a organização, 42 mil pessoas de várias cidades do interior de São Paulo e de outros estados lotaram, neste domingo (6), as arquibancadas do circuito de rua, montado no bairro Nova Aliança, na Zona Sul da cidade.Durante toda a semana, a competição agitou a cidade com eventos como desfiles e aparições dos pilotos. Mas foi neste domingo que Ribeirão sentiu os efeitos da competição, encarada como um show pelo público. As ruas próximas ao circuito, normalmente calmas, ficaram congestionadas em pleno domingo. Assim que os portões abriram, às 8h, muita gente já começou a tomar as arquibancadas.
Domingo em família
Para muitas famílias a Stock Car foi a oportunidade de fazer um programa diferente no domingão.
O pequeno Luiz Gustavo, de 5 anos, prometeu se comportar durante o resto do ano em troca de ver a corrida deste domingo. Foi apenas mais um estímulo para seu pai, o comerciante Jorge Luiz Batista Santos, comprar as entradas, mesmo já tendo visto uma etapa de Stock Car em Brasília e até um grande prêmio de Fórmula 1.
Já o pintor de carros Paulo Sérgio Barbin, acostumado a passar o domingo no pesque-pague ou em casa de parentes, gastou R$ 200 para levar os filhos Lucas, de 10 anos e Letícia de 7 à corrida.
“É diferente de tudo. Deveria ter todo ano. Podia fazer um autódromo também porque barateava o ingresso”, opina.
O contabilista de Ribeirão César Campez, de 51 anos, fez questão de ver carros de corrida nas ruas que percorre para ir trabalhar. “É uma emoção enorme ver essas máquinas no trajeto que eu faço todos os dias. É uma surpresa agradável. Jamais imaginei”.
Empolgado com o evento ele nem se incomodou com o enorme barulho no setor em que ficava e já no sábado ficou a postos para ver todos os momentos do treino, com a esposa Sandra, a filha Nayara e o namorado dela, Yuri.
“É um evento grandioso e Ribeirão foi pioneira”, orgulha-se.
De longe e de perto
O mecânico de aeronáutica Marcelo Tessarin, de 26 anos, levantou às 6h para viajar de Matão a Ribeirão. Apaixonado por automobilismo e competições de som e arrancadas, ele comprou o ingresso no primeiro dia de vendas e ainda convenceu o amigo Samuel Leite, de 46 anos, de Ourinhos a acompanhá-lo.
Para ver a corrida, Leite, que é engenheiro ambiental, viajou durante todo o feriado. Primeiro, buscou a filha que mora em Uberlândia e, depois, o namorado dela, que estuda em São Carlos, para aproveitar todo o fim de semana em Ribeirão Preto. “Chegamos na sexta-feira. Aproveitamos para fazer compras no shopping e para sair aqui”, conta o engenheiro que só de Ourinhos até Ribeirão andou 300 quilômetros.
De mais perto, o grupo formado pelos amigos Fabiano Pierre, Daniel Barroso, Ricardo Martins e Cleber Marioto, de Monte Azul, aproveitou o evento em Ribeirão Preto para curtir o gosto por automobilismo sem gastar tanto. Veteranos em corridas, Marioto e Martins costumam ir a corridas em São Paulo e outras cidades, inclusive de Fórmula 1, e uma oportunidade bem na vizinhança foi um presente.
“Para ir a em evento como esse em São Paulo gastaríamos, por cima, cinco a seis vezes mais”, calcula Marioto, que também foi eleito o motorista amigo e, por isso, impedido de beber, mostrando que a turma, apenas de gostar de velocidade é consciente e sabe dos riscos que ela tem.
No meio do público da velocidade, o chapéu o ex-BBB Rodrigo Leonel, o Caubói, destacava-se. “Gosto de velocidade, gosto de emoção, tudo o que é adrenalina faz bem pra gente. Eu acho que a torcida da gente com o que eles podem fazer, dá mais adrenalina que eles um pouquinho”, afirmou.
Apaixonado por velocidade o engenheiro Richard Miranda veio de Passos para ver o carros da Stock Car e mesmo com uma corrida mais curta por causa do grande tempo que o safety car ficou na pista, achou que o passeio valeu a pena. “Foi demais. Ano que vem estou de volta”, afirmou.
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